terça-feira, 11/02/2025

InícioNotíciasDica Cultural"Princesa Falalinda sem papas na língua" aborda silenciamento feminino para crianças

“Princesa Falalinda sem papas na língua” aborda silenciamento feminino para crianças

A Mostra de O Trem – Companhia de Teatro, em celebração aos seus 18 anos, segue em cartaz com espetáculos dedicados à infância, no Teatro I do CCBB BH. De 31.01 a 03.02 tem apresentações do espetáculo “Princesa Falalinda Sem Papas na Língua”, que discute o Silenciamento Feminino a partir da subversão dos contos de fada. Na trama, a protagonista é uma princesa que recebeu da Bruxa a maldição de falar tudo o que pensa. À medida em que cresce, seus questionamentos não são bem-vindos e ela começa a ter problemas com o Rei e o Príncipe. A direção é de Cynthia Falabella.

Na semana seguinte, o público assiste à estreia de “Margot e a Árvore da Vida” (7 a 10/02). A dramaturgia das peças da Mostra é assinada pela diretora artística da companhia Livia Gaudencio. A programação fica em cartaz até 10/02, de sexta a segunda, sempre às 15h. As sessões contam com intérprete de Libras. Os ingressos custam R$30,00 (inteira) e R$15,00 (meia-entrada), com desconto de 50% para clientes Ourocard, e estão à venda no site ccbb.com.br/bh e na bilheteria do CCBB BH. Mais Informações: (31) 3431 9400, no site ccbb.com.br/bh ou nas redes sociais: instagram.com/ccbbbh | facebook.com/ccbbbh.

PRÓXIMOS ESPETÁCULOS DA MOSTRA
Embora traga, em sua longa trajetória, sete trabalhos voltados para o público adulto, alguns deles premiados e dirigidos por conhecidos profissionais da cena teatral mineira, como Pedro Paulo Cava, Yuri Simon, Ilvio Amaral e Maurício Canguçu, chama a atenção o número de espetáculos da trupe – ao todo, nove – dedicados à infância. “Não por acaso o desejo de realizar uma mostra com esse recorte, pois tratam-se de histórias inéditas, criadas para o palco”, comenta a atriz e diretora artística da companhia, Livia Gaudencio.

Com direção de Cynthia Falabella, a peça PRINCESA FALALINDA SEM PAPAS NA LÍNGUA propõe uma subversão dos contos de fadas: a protagonista é uma princesa que recebeu da Bruxa a maldição de falar tudo o que pensa. À medida em que cresce, seus questionamentos não são bem-vindos e ela começa a ter problemas com o Rei e o Príncipe. Misturando humor e poesia, a peça reflete sobre o silenciamento feminino através de uma releitura dos arquétipos da monarquia clássica. “Na trama, temos um Rei, que precisa esconder as emoções e ‘segurar o choro’ para manter a reputação, e a Bruxa, que é uma mulher livre que ajuda Falalinda a se libertar da opressão do ambicioso Príncipe: o verdadeiro vilão da história”, descreve.

Quando começou a pesquisar sobre a condição das mulheres, Livia Gaudencio pretendia escrever peças adultas. “Passei a sentir necessidade de levar estas reflexões também para as crianças, afinal, elas representam as próximas gerações e estão menos condicionadas. Quando falamos em Princesas, automaticamente as crianças associam à imagem de uma personagem lindamente perfeita e em apuros, esperando que o Príncipe a salve. Isto não seria um problema se não fosse o mote de noventa por cento das narrativas conhecidas pelos pequenos. O mundo está mudando. Precisamos criar novas dramaturgias que dialoguem com questões contemporâneas”, explica. O espetáculo recebeu quatro indicações e levou o Prêmio de Melhor Atriz para Livia Gaudencio no 6º Sinparc/Copasa. Nesta Mostra, a artista divide palco com a filha Cecília Gaudêncio, de 11 anos, que vai interpretar a princesa na fase criança.

O tema da consciência ambiental volta à cena nos trabalhos da trupe, dessa vez, em “MARGOT E A ÁRVORE DA VIDA”. Novo espetáculo da companhia, que será visto pela primeira vez na Mostra de 18 anos, no CCBB BH, narra a história de Margot que tem o poder de sentir o que os animais e as plantas sentem. Ela tem sua vida transformada quando conhece Zyan, um menino que veio de 2325 com a missão de encontrar a semente da Árvore da Vida e reflorestar o mundo. Numa jornada para salvar o planeta, Margot conta com a ajuda de animais como o Zangão, a Cutia e a Onça-Parda.

Em cena, a trupe experimenta novamente a música executada ao vivo e utiliza também bonecos para representarem alguns personagens especiais. Segundo Livia Gaudencio, “a proposta é que as crianças percebam como cada ação do presente – que na trama chamamos de ‘era irresponsável’ – pode modificar o futuro e evitar o clima desértico e quase inabitável que dominaria o planeta daqui a 300 anos”, explica.

SERVIÇO
MOSTRA O TREM COMPANHIA DE TEATRO – 18 ANOS
Até 10 de fevereiro de 2025
5 espetáculos infantis, com textos de autoria de Lívia Gaudencio (diretora artística O TREM)

31/01 a 3/02 – Espetáculo “Princesa Falalinda sem Papas na Língua” (dur.: 55 min.)
Direção: Cynthia Falabella
7 a 10/02 – Espetáculo inédito “Margot e a Árvore da Vida” (dur.: 60 min.)
Direção: Livia Gaudencio

Horário: Sexta a segunda, sempre às 15h
Local: Teatro I do CCBB BH
(Praça da Liberdade, 450 – Funcionários – BH/MG)
Ingressos à venda a R$30 e R$15 (meia) no site ccbb.com.br/bh e na bilheteria física do CCBB BH

ARTIGOS RELACIONADOS

Deixe um Comentário

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

ANÚNCIO

Veja Também

Comentários Recentes